terça-feira, 26 de abril de 2011


És como uma rocha em que o mar bate bem forte, és como uma rocha que aos poucos e poucos vai caindo e vai para o fundo do mar e que nunca mais volta, nunca mais se volta a ver, nunca mais se ouve falar daquela rocha que dantes era tão conhecida e agora é um nada no meio do mar !
Eras aquela rocha bastante bonita, aquela rocha que pensava que nunca iria cair, aquela rocha que era a MINHA rocha, aquela rocha que mesmo depois de ter caído ainda está cá dentro, aquela rocha que é um SEMPRE em mim !
Não vou procurar debaixo do mar, não vou correr oceanos, não vou procurar em lado nenhum, porque se caiu é porque o futuro estava escrito assim, se caiu é porque foi o melhor !
Só gostava de ter respostas a perguntas que estão aqui , só gostava de que me dessem uma explicação, só gostava que essa rocha ainda sobrevivesse contra tudo e todos, contra aguas e ventos, contra montanhas e montes (…)
Eu ainda vou encontrar esta rocha, eu ainda vou poder ter a relação que tinha com essa rocha , e a esperança é a ultima a morrer, apesar de não procurar nem lutar, a esperança estará sempre cá $:

Auturia de : Odete Afonso

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tempo

É tempo… Tempo de partir, tempo de mudar, tempo de crescer. Foi ao mero acaso que nos encontrámos, que nos apaixonamos. Correcção: que ME apaixonei por ti. O que sinto por ti apareceu quando menos esperava, sem pedir permissão para entrar, e acabou por invadir o meu coração, e por me consumir como uma doença. Para ti, fui e sou completamente indiferente, apenas "mais um". Tempo? Talvez o tempo apagará todas estas memórias que pretendo esquecer. Como é possível que consigamos iludir-nos tão facilmente? Com o tempo, todas as (des)ilusões desvanecem-se. Mas, será mesmo verdade? Pedi-te para me levares para bem longe, para bem longe de mim próprio. Como não foste capaz? Talvez porque o sentimento não era mútuo, ou então porque é algo impossível, algo impossível de concretizar. Responde-me porque não foste capaz de o fazer. Diz-me porquê! É tempo... Tempo de mudar, tempo de abandonar todas as ilusões criadas. Talvez mesmo até deixar de as criar, de as sonhar, de as viver. As ilusões acabam apenas por originar desilusões e sonhos que gostaríamos que fossem concretizados. Confissões. Tudo isto são confissões de um coração despedaçado. (...)(…) Confissões. Tudo isto são confissões de um coração despedaçado. Um coração que carrega dentro de si amor, mas, em simultâneo, carrega ódio também. Ódio por tudo aquilo que fizeste. Fingiste amar-me. Como foste capaz? Para quê fingir? Para apenas me vires a sorrir? Posso dizer que, graças a todas as desilusões que me causaste, esse sorriso desapareceu. E tão cedo não voltará a aparecer. Talvez com o tempo… Como é que eu não vi o que estavas a esconder? Esse teu sentimento por mim que, na verdade, era uma mera mentira. Provavelmente deveria estar a sonhar... Por vezes, a nossa realidade pode ser a nossa própria mentira. Apenas te peço que desapareças do meu pensamento. Pára de atormentar o meu pensamento, a minha vida. Tudo isto transformou-se num carrossel, pois tudo anda às voltas. Tal como a espécie de um labirinto ao qual não conseguimos encontrar o caminho de volta. Caminho esse já esquecido há muito tempo. Resta-me apenas encontrar esse caminho esquecido e esquecer-te. Mergulhar no profundo silêncio em busca da minha voz. Tudo o que passamos serão apenas memórias, memórias doces mas amargas. Tempo… Com o tempo esquecerei tudo, e viverei uma nova vida.